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sábado, 16 de outubro de 2010

Projecto Magnólia e a Aldeia de Deus de Lueji Dharma

Opinião do Projecto Magnólia sobre o novo luvro de Lueji Dharma

Aldeia de Deus / Tchehunda Tcha Nzambi


Cristina Câmara
Aldeia de Deus

A Autora interpretou muito bem o desafio lançado, e efectivamente, o texto da Aldeia de Deus adequa-se ao objectivos pretendidos. Uma maior riqueza seria alcançada/criada, através da extensão simbólica à ligação da humanidade com África.
O desafio é cabalmente respondido, quer através da contextualização espaço-temporal (por ex. Do povo Lunda-Tchokwe), quer através da “saga” de Lueji.
A história de Lueji é uma história rica, repleta de símbolo e significado, que muito traria ao público em geral, toldado pelo desconhecimento, e particularmente aos públicos cuja historia ancestral seja ligada a África: tanto aos de origem africana como aos de origem europeia que de lá partiram nesta ou noutra anterior geração. Lueji pode “reparar” o(s) vazio(s) e preparar caminho(s) de futuro(s).

Contudo, o momento para levar a cabo uma encenação d’ Aldeia de Deus não é o mais indicado. Tanto pelo momento em que este primeiro desafio foi lançado como pelos requisitos que a coerência da narrativa apresentariam.

No entanto, é do meu entender que Lueji é de um valor inestimável, e que tem que no futuro ser mensageira da insatisfação, da busca por sabedoria, pelo conhecimento.
A bem deste.

Muito obrigado pela resposta, e teria imenso prazer se o assunto pudesse voltar a ser abordado no decorrer de 2011.

terça-feira, 6 de julho de 2010

Reencontro 2 in Aldeia de Deus

-Muita calma nessa hora, Dra Lueji …disse Lukeny enquanto abria a porta. Receava um ataque violento quando a pousasse no chão. Fechou a porta e colocou-a lentamente sobre a cama, ao mesmo tempo que deixava o seu peso cair sobre o corpo dela. Regressei porque sei que te amo! E como tal quero-te ao meu lado toda uma vida - disse enquanto fazia deslizar um anel com uma pedra de esmeralda no seu dedo esguio.
-Acertei no tamanho do anel. Medi-te o dedo na noite do Miami. Já tinha isto planeado…
-Mas…
-Não há mas! O mas é inimigo da acção. Só peço que não te preocupes pois tudo o resto virá por acréscimo… apenas preciso da tua colaboração - reforçou com a voz de quem conhece a certeza. E sedento dela prendeu-lhe as mãos para as elevar até a cabeceira da cama… e sem mais palavras selou a união com um doce beijo protegido pelas deidades da terra que lhes davam a oportunidade de viver um grande amor! O beijo encerrava um mundo. Os lábios carnudos de Lukeny magicamente deslizavam nos de Lueji. A pele macia e doce dela esbatia-se na pele suavemente salgada e transpirada de Lukeny…e tudo o resto deixou de existir pois o amor tomou forma.
Há finais felizes! Basta acreditar e desejar…

Esperava por Lueji na Aldeia de Deus…tudo se encaminhava para tal. Mas os deuses sucumbiram a mais uma história de amor. Cientes de que estas duas almas possuíam a capacidade de tal como o Yin e o Yang se completarem, libertaram Lueji do destino angelical traçado. Ela desejou e assim se processou…
Não há nada que o coração puro peça que não seja materializado…dentro da democracia divina tudo vos será dado.
Abri ainda hoje as portas da sabedoria que encerra o vosso coração…e tudo o resto vos será acrescentado!

terça-feira, 11 de maio de 2010

Aldeia de Deus / Tchehunda tcha Nzambi



Lueji e os anciães Lunda Tchokwe

A vida quando levada com o coração vai nos encaminhando e não o contrário. Nós somos donos da escolha de nos mudarmos e o mundo transfigura-se aos nossos olhos...e como por coincidência, uma atras da outra,lá nos vamos encaminhando em diferentes mundos. E como passo leva a passo agora tenho o compromisso de estar com esta comunidade aos fins-de-semana. Um compromisso que não quero falhar até porque o Aldeia de Deus passará nas mãos dos senhores da sabedoria e terá no final o seu aval.

Quem não tem a sabedoria busca-a...não é?
E que melhor sabedoria que a que Deus por Cristo nos envia...converto-me mais e mais. Deus é realmente o único caminho...


Um abraço,

Lueji Dharma

terça-feira, 13 de abril de 2010

Chave da Magia - Amaluz


CHAVE DA MAGIA
A AMALUZ recebeu permissão para publicar a 6ª tábua da Editora Source Books - P.O. Box 292231, Nashville, TN 37229-2231, USA E-mail sourcebk@ix.netcom.com


As Tábuas de Esmeralda de Thot foram escritas por Hermes que foi a reencarnação de Thot, na Grécia. Thot governou a Atlântida entre 50.000 a.C. a 36.000 a.C. Era um ser imortal, que fundou colônias da Atlântida, no Egito, América Central e América do Sul.


As Tábuas foram deixadas em poder dos sacerdotes egípcios que depois trouxeram-nas para a América Central. Em 1925 foram levadas de volta para a grande Pirâmide, no Egito. Existem 12 Tábuas de Esmeralda, que foram feitas com um material alquímico indestrutível.


http://www.eurooscar.com/amz/amaluz24.htm

Escuta, Oh homem,
a sabedoria da magia.
Escuta o conhecimento
de poderes olvidados.
Há muito, muito tempo,
no tempo do primeiro homem,
começou a guerra entre trevas e luz.


Os homens, então como agora,
estavam repletos tanto de trevas como de luz;
e enquanto em alguns as trevas dominavam,
em outros a luz invadia a alma.


Sim, antiga é esta guerra,
a contenda eterna entre trevas e luz.
Ferozmente é travada no correr das eras,
usando estranhos poderes
ocultos ao homem.
Eruditos há
que estão repletos de escuridade,
lutando sempre contra a luz;
mas outros há que,
repletos de claridade,
jamais derrotaram a escuridão da noite.


Quando fores capaz
de estar em todas as eras e planos,
certamente conhecerás a batalha com a noite.
Há muitas eras passadas, os SÓIS da Manhã,
ao se pôr,
encontraram o mundo repleto de noite.
Ali nesse tempo pretérito começou a luta,
a antiga batalha entre trevas e Luz.


Muitos naquele tempo
estavam tão cheios de trevas
que apenas debilmente ardia a luz da noite.
Alguns havia, mestres das trevas,
que buscavam preencher tudo
com suas trevas;
buscavam atrair outros para sua noite.


Ferozmente eles resistiram,
os mestres da claridade;
ferozmente lutaram na escuridão da noite.
Buscavam eles apertar sempre as correntes,
as cadeias que prendem o homem
à escuridão da noite.
Usaram eles sempre a magia negra,
manifestada no homem pelo poder das trevas;
magia que amortalhou
a alma do homem em trevas.


Agrupados como numa ordem,
Os IRMÃOS das TREVAS,
no correr das eras,
são antagonistas dos filhos dos homens.
Caminharam sempre secretos e escondidos,
descobertos e contudo não descobertos
pelos filhos dos homens.


Para sempre andaram
e trabalharam nas trevas,
ocultando-se da luz na escuridão da noite.
Silenciosamente, secretamente,
usam eles seu poder,
escravizando e prendendo
as almas dos homens.
Invisíveis eles vêm e invisíveis se vão.


Em sua ignorância,
o homem OS chama lá de baixo.
Escuro é o caminho percorrido
pelos IRMÃOS SOMBRIOS,
escuro de uma escuridão
que não é da noite,
percorrendo a Terra
caminham pelos sonhos do homem.


Poder eles obtiveram
da escuridão a seu redor
para chamar outros habitantes de seu plano,
de modos que são sombrios
e invisíveis ao homem.


A mente-espaço do homem
busca alcançar os IRMÃOS SOMBRIOS.
Ao redor dela, eles fecham o véu de sua noite.
É ali no correr de sua vida
que a alma habita na escravidão,
presa pelas correntes do VÉU da noite.


Poderosos são eles no conhecimento proibido,
proibido porque é um com a noite.
Escuta, Oh homem, e ouve meu alerta:
livra-te dos grilhões da noite.
Não entregues tua alma
aos IRMÃOS das TREVAS.
Mantém tua face
sempre voltada para a LUZ.


Não sabes, Oh homem, que tua tristeza
apenas atravessou o Véu da noite.
Sim, homem, atenção a meu alerta:
empenha-te sempre para subir,
volta tua alma na direção da LUZ.


Os IRMÃOS das TREVAS buscam para irmãos
os que percorreram a vereda da LUZ.
Pois bem eles sabem que os que viajaram
para longe na direção do Sol
em seu caminho de LUZ
têm grande e ainda maior poder
para prender com escuridão
aos filhos da LUZ.


Ouve, Oh homem, a quem vem a ti.
Mas pesa na balança
se suas palavras são de LUZ.
Pois muitos há que entram
na CLARIDADE ESCURA
sem serem filhos da LUZ.
Fácil é seguir seu caminho,
fácil seguir
o caminho que eles mostram.


Mas ainda assim, Oh homem, ouve meu alerta:
A Luz só vem para quem luta.
Difícil é o caminho que conduz à SABEDORIA,
duro é o caminho que conduz à LUZ.


Muitas pedras encontrarás em teu caminho;
muitas as montanhas a escalar rumo à LUZ.
Ainda assim, percebe, Oh homem,
que aquele que vencer,
senhor será do caminho da Luz.


Nunca sigas os IRMÃOS SOMBRIOS.
Sê sempre um filho da LUZ.
Pois saibas tu, Oh homem,
no final a LUZ deve vencer
e as trevas e a noite
devem ser banidas da Luz.


Escuta, Oh homem,
escuta tu esta sabedoria:
mesmo nas trevas há LUZ.
Quando as trevas forem banidas
e todos os Véus forem afastados,
lá das trevas resplandecerá a LUZ.


Como existem entre os homens
os IRMÃOS SOMBRIOS,
também existem os IRMÃOS da LUZ.
Antagonistas são eles
dos IRMÃOS das TREVAS,
buscando livrar os homens da noite.


Poderes têm eles, poderosos e potentes.
Cientes da LEI, os planetas obedecem.
Que trabalhem sempre em harmonia e ordem,
livrando o homem-alma
de sua escravidão da noite.
Secretos e ocultos, eles caminham também.
Desconhecidos são eles aos filhos dos homens.


Contudo, sabe que sempre caminham contigo,
mostrando o CAMINHO aos filhos dos homens.
Sempre em luta com os IRMÃOS SOMBRIOS,
vencidos e vencendo infinitamente.
Mas sempre a LUZ deve no fim ser mestra
afugentando a escuridão da noite.


Sim, homem, sabe isto:
a teu lado sempre caminham
os Filhos da LUZ.
Mestres são eles do poder do SOL,
sempre invisíveis
e contudo os guardiães dos homens.


Aberto a todos está seu caminho,
aberto a quem caminhará na LUZ.
Senhores são ELES do AMENTI SOMBRIO,
senhores dos SALÕES
onde a VIDA reina suprema.
SÓIS são eles e SENHORES da manhã,
Filhos da Luz a brilhar entre os homens.


São como o homem e contudo diferentes,
Nunca divididos foram eles no passado.
UM eles são na UNICIDADE eterna,
por todo o espaço,
desde o início dos tempos.


De cima eles vieram
em Unicidade com o TODO UNO,
de cima do primeiro espaço,
formados e informes.
Dão ao homem segredos
que o guardarão
e protegerão de todo mal.


Aquele que percorreria
o caminho de um mestre,
livre deve ser da escravidão da noite.
Vencido deve ser o informe e disforme,
vencido deve ser o fantasma do medo.


Sabendo, deve conquistar todos os segredos,
percorrer o caminho
que conduz em meio às trevas,
contudo sempre diante de si mantém ele
a luz de sua meta.
Grandes obstáculos
ele encontrará pelo caminho,
contudo se apressa rumo à LUZ do SOL.


Ouve, Oh homem, o SOL é o símbolo
da LUZ que brilha no fim de tua estrada.


Agora a ti revelo os segredos:
como encontrar o poder sombrio,
encontrar e vencer o medo da noite.
Apenas sabendo podes vencer,
Apenas sabendo podes ter LUZ.


Agora dou a ti o conhecimento,
sabido pelos MESTRES,
o saber que vence
todos os medos sombrios.
Faze uso dela, a sabedoria que dou a ti.
MESTRE tu serás dos IRMÃOS da LUZ.
Quando em ti se der um sentimento,
te puxando para mais perto
do portão das trevas,
perscruta teu coração e descobre
se o sentimento que tens
veio de dentro.


Se descobrires as trevas
em teus próprios pensamentos.
Expulsa-as desse lugar de tua mente.
Envia pelo teu corpo
uma onda de vibração,
primeiro irregular e depois regular,
repetindo sempre até te libertares.


Começa a FORÇA da ONDA
no CENTRO de teu CÉREBRO.
Manda-a em ondas
da tua cabeça até teus pés.
Mas se descobriste
que teu coração não é escuro‚
certifica-te de que uma força
seja enviada a ti.
Apenas sabendo tu a poderás vencer.
Apenas por meio da sabedoria
poderás ser livre.
Conhecimento traz sabedoria
e sabedoria é poder.
Logra isto e terás poder sobre tudo.


Busca primeiro um lugar preso às trevas.
Traça um círculo a teu redor.
Fica ereto no centro do círculo.
Usa esta fórmula e tu serás livre.
Ergue tuas mãos
no espaço escuro acima de ti.
Cerra teus olhos e absorve a LUZ.
Invoca o ESPÍRITO de LUZ
pelo Espaço-Tempo,
usando estas palavras e serás livre:


"Preenche meu corpo,
Oh ESPÍRITO da VIDA,
preenche meu corpo
com o ESPÍRITO da LUZ.
Vem da FLOR
que brilha na escuridão.
Vem dos SALÕES
onde regem os Sete Senhores.


Chama-os pelo nome, os Sete:


"TRÊS, QUATRO, CINCO;
e SEIS, SETE, OITO — Nove.
Pelo nome chamo-os para me ajudar,
me libertar
e me salvar da escuridão da noite:
UNTANAS, QUERTAS, CHIETAL,
e GOYANA, HUERTAL, SEMVETA — ARDAL.
Pelos seus nomes vos imploro,
livrai-me da escuridão
e me inundeis de LUZ."


Sabe, Oh homem, que quando fizeres isto,
serás livres das correntes que te prendem,
desprende-te
das amarras dos IRMÃOS da NOITE.
Não vês que os nomes
têm o poder de livrar
vibrando as correntes que prendem?


Faze uso deles como necessitares
para livrar teu irmão,
de forma que ele, também,
possa emergir da noite.
Tu, Oh homem, és o ajudante
de teu irmão.
Não o deixes
preso da escravidão da noite.


Agora a ti dou minha magia.
Toma-a e habita o caminho da LUZ.
LUZ a ti, VIDA a ti,
que possas ser o SOL no ciclo acima.

sábado, 10 de abril de 2010

o reencontro de almas gémeas






Olhava para o céu estrelado que iluminava a noite ruidosamente silenciosa do Dundo. Os grilos cantavam por entre o folhear da ramagem da Natureza. A água comove a pele áspera dos seus pés. Libertam-se rastos de cansaço em pés empoeirados. A piscina emana uma humidade aquecida. A Lua aquece-lhe a alma. Vê-a no céu e na água. Reflexos…imagens. Imaginação porventura. Na água um reflexo…era Lukeny que aparecia no espelho de água por debaixo de uma lua cheia.
-Com que então pensavas que eu não te encontrava?
-Nunca duvidei que me encontrasses...apenas que viesses!
-Menos mal! Mas porque não viria?
-E porque virias?
-Ando à procura do meu coração…
-E está aqui?
-Está mesmo à minha frente…disse empurrando o nó que tinha na garganta para o exterior. Nunca pensou declarar-se daquela forma a uma mulher. Estaria a lua a lançar-lhe um feitiço sobre o olhar atento das estrelas. Existiria mesmo um feitiço das quiocas? O coração batia descompassado à espera de uma resposta de Lueji. Esta corava até à raiz dos cabelos, sufocava no silêncio que parecia consumir-lhe as palavras que teimavam em manter-se presas ao inaudível. Cansou-se de esperar pelas palavras que não saíam. Então Lueji?
-Eu? Eu...
-Tu...tu...disse enquanto se virou para a rua...vou-me embora!
-Vais?
-Vou...disse enquanto se afastava lentamente em direcção à porta. No corpo transportava o desalento e a tristeza...enquanto Lueji o via desaparecer em direcção à rua. Na piscina a sua sombra deixou de existir...apenas a lua continuava a brilhar.Não sabia o que sentia ao certo por ele. Mas naquele momento tinha vontade de estar ao lado dele. Faltaram-lhe as palavras; mas baixinho disse:
-Quero estar ao teu lado, só isso.
E as suas palavras ditas na forma de uma confidência tímida criaram uma ondulação na água da piscina...Esticou-se mais sobre a cadeira...
-Deuses do amor onde andais? Ajudem-me! Não há forma de eu dar um final feliz à minha história de amor?

segunda-feira, 5 de abril de 2010

I can´t prove it just feel it!


Fear no longer affects you, for there shall be no force greater than love. This interior that reveals itself every day more full and sole. The rays of lightning do not overshadow the strength of your interior. The magnetic voltage of creativity behind the desire becomes the Kosmos. That rationality may not enclose this energy? That reason surpasses the goal of heart? No! Only love made me go universes to rescue you in the privacy of your sadness and despair. I just saved you from the abyss of indifference routine. Only a deity of unconditional love could be a tireless, effective and irrational warrior. Driven by the power that reason cannot reach, and that thought only transmits. There is no logic that encloses the heart. Excuse me the rationalists. I can´t prove it just feel it!

Lueji Dharma (God's Village)

A morte do ego


A morte
O silêncio de Lueji escondia um nervosismo patente. A incerteza começava a percorrer-lhe a alma. Duvidava de toda a viagem que fez até ao momento. Atravessam a floresta no regresso a casa…os bosques densos transpiravam outros tempos. Duvidava do tempo em que se encontrava? Será que estava noutra dimensão? Quem lhe garantia neste momento que não estava morta e todo este novo cenário que estava a viver fosse a sua vida pós morte. A verdade é que não sentia as coisas com a intensidade que normalmente sentia. Parecia que tudo se tornara estranhamente difuso e nublado. Nada era o que parecia ser…Utima parecia-lhe ser uma velha quase sem forças à primeira abordagem, mas depois, transformara-se numa mulher intensa e vibrante. Pensava naquele diagrama que encerrava 11 símbolos que pretendiam representar a vida. A vida de qualquer ser humano.Não entendia relações mas percebia, que o caminho embora doloroso valia o esforço de ser percorrido. A cruz era pesada mas entre noites e dias, entre luas e sóis, a espiritualidade materializava-se no encontro…consigo própria. A ausência e o vazio que lhe infernizavam os dias pareciam diluir-se nessa dimensão atemporal. Ela regressava a casa!

"Do Livro Aldeia de Deus"

sábado, 3 de abril de 2010

Ela deu tudo o que tinha! - Gratidão

Home+ blogsEscrever artigoObjetivoPortalCOT.comIgreja OnlineRepórter de CristoNotícias da IgrejaPoemas e PoesiasBlog COTUm blog católico…
A Gratidãoquinta-feira, 28 janeiro 2010 Seja o primeiro a comentarMeditação Tags:gratidão, vidaO homem,

O homem, por detrás do balcão olhava a rua de forma distraída. Uma garotinha se aproximou da loja e amassou o narizinho contra o vidro da vitrina.
Os olhos da cor do céu brilharam quando viu determinado objeto.

Entrou na loja e pediu para ver o colar de turquesas azuis. “é para minha irmã. Pode fazer um pacote bem bonito?”
O dono da loja olhou desconfiado para a garotinha e lhe perguntou: “quanto dinheiro você tem?”
Sem hesitar, ela tirou do bolso da saia um lenço todo amarradinho e foi desfazendo os nós. Colocou-o sobre o balcão e feliz, disse: “isto dá, não dá?”
Eram apenas algumas moedas, que ela exibia orgulhosa.

- Sabe, eu quero dar este colar azul para a minha irmã mais velha. Desde que morreu nossa mãe, ela cuida da gente e não tem tempo para ela. É aniversário dela e tenho certeza que ela ficará feliz com o colar que é da cor dos seus olhos.”
O homem foi para o interior da loja, colocou o colar em um estojo, embrulhou com um vistoso papel vermelho e fez um laço caprichado com uma fita verde.
- Tome, leve com cuidado.
Ela saiu feliz, saltitando pela rua abaixo.
Ainda não acabara o dia quando uma linda jovem de longos cabelos loiros e maravilhosos olhos azuis, adentrou a loja.
Colocou sobre o balcão o já conhecido embrulho desfeito e indagou:
- Este colar foi comprado aqui?
- Sim, senhora.
- E quanto custou?
- Ah, falou o dono da loja, o preço de qualquer produto da minha loja é sempre um assunto confidencial entre o vendedor e o freguês.
A moça continuou: “mas minha irmã tinha somente algumas moedas. O colar é verdadeiro, não é? Ela não teria dinheiro para pagá-lo!”
O homem tomou o estojo, refez o embrulho com extremo carinho, colocou a fita e devolveu à jovem.
- Ela pagou o preço mais alto que qualquer pessoa pode pagar – disse ele.
- Ela deu tudo o que tinha.
O silêncio encheu a pequena loja, e duas lágrimas rolaram pelas faces jovens, enquanto suas mãos tomavam o embrulho e ela retornava ao lar, emocionada.

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Aldeia de Deus - Tchehunda tcha Nzambi

Poderia começar esta história daquela forma clichet: “Há muito…muito tempo havia….” Mas não seria verdade! Há muito tempo havia, mas hoje em dia ainda existe essa Aldeia: A Aldeia de Deus! Que na minha língua se chama: Tchehunda Tcha Nzambi! Pois é a Aldeia de Deus que eu desde miúda ouvia os mais velhos falar, é a Aldeia onde vivo desde que morri! Pois é! Eu morri há muitos anos atrás. Não quero dizer quem fui! Não interessa! Sei que vivi na altura do Império Lunda-Tchokwe, onde se acreditava que o homem ao morrer perde o corpo, mas liberta o espírito (muikua). Mas digamos que eu conquistei o meu lugar na Aldeia de Deus. Aqui só entram pessoas com muxima puena (bom coração). Depois de atravessarmos o umbral em direcção à Aldeia tornamo-nos Anjos protectores e divindades que tentam a todo custo zelar pelo bem-estar dos humanos; Enfim, estamos na sexta dimensão, apenas acessível aos homens com sexto sentido apurado e desenvolvido; somos os antepassados destinados a proteger o futuro das gerações vindouras; Embora não precise de casa como qualquer anjo tenho um sítio a que chamo de lar. Neste caso a minha residência é em Tchehunda tcha Nzambi no Leste de Angola. Uma aldeia perdida no cimo de uma montanha na fronteira entre o Congo e Angola. Uma montanha onde o nevoeiro é constante à entrada, mas que se reduz à medida em que subimos em direcção ao centro da aldeia. No coração da aldeia a nitidez é ofuscante. As plantas e as flores brilham intensamente. É possível sentir os cheiros com uma intensidade avassaladora. Digamos que eu moro no monte das madressilvas e das glicínias. Pode-se dizer que no meu jardim as borboletas e as fadas abundam! Um paraíso na Terra! No jardim ao lado, proliferam as orquídeas selvagens e as papoilas. Os seus tons alaranjados contrastam com o meu jardim arroxeado. A Aldeia de Deus é um jardim encantado acessível a quem o procura com determinação.

"Excerto do Livro Aldeia de Deus de Lueji Dharma"